Armas das famílias (XII).
Do Tesouro de nobreza (1675):
Confira-se a postagem introdutória no que diz respeito às descrições e aos critérios de edição.
Folha 59 – 1. Leais; 2. Berredo e Revoredo; 3. Pitas; 4. Amorim; 5. Castro do Rio; 6. Fafes; 7. Minas; 8. Corelha; 9. Matas; 10. Gançoso; 11. Lagarto; 12. Oliva. |
1. Os Leais trazem em campo vermelho dois lebréus de prata, coleirados de azul, acompanhados de sete estrelas de ouro de oito raios, postas em orla; timbre: um dos lebréus. Albergaria menciona-os no apêndice, mas não dá as suas armas.
2. Os Berredos e Revoredos trazem "em campo azul um baluarte de prata, ardendo em fogo, assentado sobre ũa rocha de sua cor; timbre: o mesmo baluarte".
3. Os Pitas trazem "ũa onça
rompente de prata, armada d'ouro de
vermelho e gotada de sangue, em campo
vermelho, orlada de crescentes azuis com as pontas para baixo em campo de ouro; timbre: meia onça de prata, gotada armada
de vermelho, com um dos crescentes da orla das armas nas mãos, como que a
despedaça". Estas armas foram concedidas por Dom Sebastião a
Sebastião Gonçalves Pita em 1569. Na carta de brasão, descrevem-se assim: "o
campo vermelho e ũa onça rompente de sua cor, armada d'ouro, com ũa bordadura
d'ouro, cheia de crescentes de luas d'azul; e elmo de prata cerrado, guarnecido
d'ouro; paquife de prata e vermelho e ouro e azul; e por timbre, meia onça,
gotada de vermelho, com ũa das crescentes de lua nas mãos, como que a espedaça".
Portanto, Coelho é que diverge.
4. Albergaria menciona os Amorins e dá as suas armas no
apêndice, que Coelho não traduz: "Cinco cabezas de moros en campo rojo, tocadas de plata, barbas de oro
y rostros encarnados". Por timbre, um braço armado de prata, segurando
uma das cabeças pelo cabelo.
5. Os Castros do Rio trazem "nove torteaus de púrpura, cada três em faixa, com dois rios azuis, ondados do primeiro em campo de prata; timbre: um cavalo marinho nascente de ũa onda de rio". Estas armas foram concedidas por Dom Sebastião a Diogo do Castro do Rio em 1561. Na carta de brasão, descrevem-se assim: "o campo de prata e duas faxas d'água ondadas, antre nove arruelas de púrpura; elmo de prata aberto, guarnido d'ouro; paquife de prata e púrpura e prata e azul; e por timbre um cavalo marinho de sua cor, que a metade sai do elmo, cercado de ũa onda d'água".
6. Os Fafes trazem "escudo
partido em pala: no primeiro, xaquetado de ouro e vermelho de três peças em
pala; e no segundo, xaquetado das mesmas peças de prata e azul
azul e prata; timbre: um sol de ouro". Coelho
converge.
7. Os da Mina trazem "três cabeças
bustos de negros em roquete, com colares de
ouro ao pescoço e arrecadas em as orelhas e narizes; timbre: ũa das cabeças
um dos bustos". Coelho é que diverge.
8. Os Corelhas trazem "em
campo vermelho ũa torre de prata, lavrada de negro, entre dois lebréus do mesmo
trepantes, com coleiras azuis, guarnecidas d'ouro, e em cima da torre ũa
donzela que aparece dos peitos para riba, toucada cabelos de ouro e vestida de azul; timbre: um dos lebréus das
armas passante". Coelho é que diverge.
9. Os Matas trazem um "escudo
de ouro com três matas verdes, floridas de azul e branco vermelho em roquete; timbre: ũa delas". Estas armas foram
concedidas por Dom Filipe II a Luís Gomes da Mata em 1606. Na carta de brasão,
descrevem-se assim: "o campo d'ouro e três matas verdes floridas; e elmo de
prata aberto, guarnecido d'ouro; paquife de ouro e verde; e por timbre outra
mata florida".
10. Os Gançosos trazem "em
campo vermelho ũa cruz de prata chã entre quatro caldeiras de ouro, faixadas
cada ũa com duas faixas negras, e outra caldeira do mesmo ao pé; timbre:
dois braços vestidos de vermelho com ũa das caldeiras das armas nas mãos".
Coelho é que diverge.
11. Os Lagartos trazem "em campo de prata três lagartos verdes em faixa, matizados de ouro; timbre: um dos lagartos".
12. Os Olivas trazem um "escudo verde com um pé ondado de prata e azul e nele um
leão de ouro rompente, armado de negro vermelho, atravessado pelo peito e cortado com meia lança de sua
cor, ferro ensanguentado; timbre: um homem nascente, vestido de vermelho
verde, com o pedaço da lança na mão".
Estas armas foram concedidas por Dom Sebastião a Lourenço de Oliva em 1564. Na
carta de brasão, descrevem-se assim: "o campo verde e um leão d'ouro
rompente, atravessado com uma metade de lança de sua cor per antre as espáduas,
que lhe saiu o ferro à barriga, armado de preto, gotado de sangue, junto de ũa
ribeira que vai pelo pé do escudo; o elmo de prata cerrado; guarnido d'ouro;
paquife d'ouro e verde; e per timbre um meio homem vestido de vermelho com a
outra metade de lança, enristada na mão". Portanto, Coelho é que diverge.
1. Os Giraldes de Florença trazem "em campo de prata um leão rompente negro, armado de azul
vermelho, coroado de ouro; timbre: o mesmo leão".
Coelho é que diverge.
2. Os Liras, Leis e Lises trazem "cinco coticas azuis em banda em campo d'ouro; timbre: meio leão de ouro, acoticado e armado de azul".
3. Os Bravos trazem "em campo
azul, castelo xaquetado de ouro e azul, plantado sobre ondas
azuis e prata, a porta do castelo negra e um leão de ouro rampante nela e no
meio do castelo um escudo azul com três flores de lis de ouro e sobre as
torres duas águias de ouro com as asas estendidas". Por timbre: o
leão. Coelho é que diverge.
4. Os Viveiros trazem "esquartelado: no primeiro e quarto, três montes verdes em campo d'ouro e de cada um sai ũa mata de urtigas de sua cor e ao pé deles ũas ondas de água; no segundo e terceiro, as armas dos Gusmães; timbre: ũa pega de sua cor com um ramo das armas no bico". Albergaria dá as armas dos Biveiros, ao passo que aqui Coelho pinta as armas dos Viveiros de Alenquer.
5. Os Anhaias trazem "em campo de ouro cinco coticas vermelhas em banda. Timbre: um lobo passante vermelho".
6. Os Cisneiros trazem um "escudo
partido em pala terciado em mantel: o
primeiro dividido em faixa e na parte superior na primeira parte, três cisnes de prata, armados de ouro e com coleiras do mesmo; e na
inferior, em campo vermelho cinco flores de lis de prata; e na segunda parte do
escudo, em campo de prata três barras palas vermelhas; timbre: um dos cisnes". Coelho é
que diverge.
7. Os Mendes de Tânger trazem "em
campo azul ũa porta com duas torres de prata, lavradas de negro, com um pé
vermelho, partido em pala: no primeiro, ũa cabeça de mouro, toucada de prata,
cortada em sangue; e no segundo, três lanças de sua cor com os ferros de prata,
postas em pala em roquete faixa; timbre:
a mesma cabeça”. Estas armas foram concedidas por Dom Manuel I a
Manuel Mendes de Tânger em 1520. Na carta de brasão, descrevem-se assim: "em
campo azul ũa porta com duas torres de prata, lavradas e frestas de preto, e ũu
pee de vermelho com ũa cabeça de mouro toucada de branco, cortada em vermelho,
e três lanças de sua color em pal e em roquete; elmo de prata çarrado; paquife
de prata e azul; e por timbre a mesma cabeça das armas". Portanto, Coelho é
que diverge.
8. Os Vinhais trazem "em
campo de ouro três chibrones ou asnas xaquetadas de prata e negro de dez peças;
timbre: dois ramos verdes de parras com dois razinhos racimos de ouro".
9. Os Landins trazem "em campo de prata ũa faixa vermelha e ũa cabeça de leão do mesmo em cima; timbre: a cabeça do leão entre duas asas de águia d'ouro".
10. Os Girões trazem um "escudo
partido em pala e faixa e, à parte de riba, as armas de Castela e Leão de suas
cores reais, e em baixo, em campo de ouro três girões vermelhos gironado
de ouro e vermelho de oito peças; timbre: o leão com
um girão de ouro na espádua". Coelho é que diverge.
11. Os Padilhas trazem "três pás ou sartenejas de prata com os cabos de ouro em campo azul e em torno delas nove meias luas de prata com as pontas para baixo; timbre: águia negra volante". Coelho é que diverge.
12. Albergaria menciona os Gonçalves de Antão
Gonçalves e dá as suas armas no apêndice, que Coelho não traduz: "En campo verde, banda de
plata y sobre ella dos leones de púrpura rompientes, armados de rojo; y por
timbre medio león del escudo con una cotiza de plata en banda". Coelho converge.
1. Os Azambujas trazem "em campo de ouro quatro bandas vermelhas; por timbre, um selvagem nascente, coberto de cabelos de ouro, com um pau-do-brasil aos ombros, asido de ambas as mãos".
2. Os Matelas trazem "em campo de prata ũa faixa vermelha e um chefe endentado de três peças do mesmo e sobre cada dente ũa moleta de ouro; timbre: um braço armado com duas esporas bastardas de ouro com as correias vermelhas na mão".
3. Os Leões trazem "um leão vermelho em campo de prata e por orla oito aspas d'ouro em campo vermelho". Timbre: o leão nascente.
4. Os Vilhegas trazem "cruz negra, florida e vazia do campo de prata, em torno dela orla do mesmo com oito caldeiras negras com duas cabeças de serpes verdes em cada asa, no cabo delas; timbre: dois braços armados com ũa das caldeiras das armas nas mãos".
5. Os Cacenas trazem "em campo de ouro um crescente de lua vermelho com as pontas para baixo em o alto do escudo e no restante três faixas negras; timbre: meio leão aleopardado de ouro, armado de vermelho, com o crescente das armas nos peitos".
6. Os Catelas, Cacelas e Calaças trazem "um leão azul rompente, armado de vermelho, em campo de prata". Timbre: o leão nascente.
7. Os Bembos trazem "em campo
azul ũa asna de ouro entre três rosas do mesmo em roquete; timbre: meio cavalo
branco hipogrifo e as asas de ouro azuis". Numa carta de
brasão de 1583, o timbre está pintado de ouro.
8. Os Madureiras trazem esquartelado: o primeiro e quarto de vermelho com um leopardo de ouro, armado e lampassado de vermelho; o segundo e terceiro de vermelho com uma flor de lis de ouro; timbre: o leopardo. No apêndice, Albergaria dá-lhes "escudo a cuartel: en el primero y último, seis roeles de oro en campo rojo; y en los otros un perrillo pardo en campo de plata con una flor de lis azul, delante de las manos".
9. Albergaria menciona os Cabedos e dá as suas armas no apêndice, que Coelho não traduz: "En campo rojo tres calderas de plata y parte el escudo una bandera de plata, lanza de oro y hierro de su color, y a la parte izquierda tres flores de lis de oro en campo azul". Por timbre, um braço vestido de vermelho com uma das caldeiras na mão.
10. Albergaria menciona os Cides de Vivar e dá as suas armas
no apêndice, que Coelho não traduz: "Escudo partido en faja: el de la parte diestra superior, partido
en pala, en el primero cuartel de Castilla y León con sus colores reales y el
segundo de oro con cuatro palas rojas; y la segunda del escudo, una encina
verde con raíces de plata y frutos de oro en
campo rojo y un león de oro; y el mismo por timbre con un ramo en las manos".
11. Os Colaços de João Álvares trazem em campo vermelho uma banda azul, carregada de um leão de ouro, armado e lampassado de vermelho e posto no sentido da banda, entre dois pinheiros verdes, perfilados e frutados de ouro; timbre: o leão nascente com um ramo de pinheiro na mão.
12. Os Lopes trazem "em campo azul ũa palmeira d'ouro e nela um corvo passante com as asas estendidas; timbre: o mesmo corvo, que intenta voar com um ramo de palma no bico". Estas armas foram concedidas por Dom Afonso V a João Lopes em 1477. Na carta de brasão, descrevem-se assim: "ũu escudo azul e ũa palmeira d'ouro nele, com ũu corvo pousante na dita palmeira com as aas tendidas".
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