Armas das famílias (XIII).
Do Tesouro de nobreza (1675):
Confira-se a postagem introdutória no que diz respeito às descrições e aos critérios de edição.
Fólio 62 – 1. Lucenas; 2. Feios; 3. Ferrões e Ferraz; 4. Vargas; 5. Vilas Boas; 6. Vila Nova; 7. Vogados; 8. Salazar; 9. Negreiros; 10. Ávilas; 11. Delapenhas; 12. Salgados. |
1. Os Lucenas trazem "em campo azul um sol de ouro; orla de prata, cheia de cruzes verdes, como de Alcântara, ou azuis; timbre: ũa aspa de ouro com cinco cruzes das armas nelas".
2. Os Feios trazem "em campo de prata três bandas vermelhas; timbre: um leão rompente de prata, armado e bandado de vermelho".
3. Os Ferrões e Ferrazes trazem "em
campo azul seis torteaus vermelhos, gretados d'ouro, cabos de ferro do
mesmo para dentro; timbre: ũa aspa com cinco dos
torteaus um leão de ouro, armado de vermelho, com uma alabarda de
prata nas mãos". São as armas antigas dos Ferrazes, mas os cabos são, na
verdade, ferrões, que são dados aos Ferrões na Nobiliarquia portuguesa
(1676).
4. Os Vargas trazem "cinco coticas azuis em faixa ondadas em campo de prata e orla de castelos e leões com as cores reais; timbre: um leão azul passante com as cinco faixas das armas, ondadas de prata".
5. Os Vilas-Boas trazem um "escudo esquartelado: no primeiro e último, um castelo de prata, lavrado de negro, em campo vermelho com um ramo de palma verde, que lhe sai da torre mais alta; e nos demais, um dragão de prata voando, armado de vermelho, com o rabo retorcido em campo azul; timbre: meio dragão de prata voando, com o ramo na boca".
6. Os Vila-Novas trazem um "escudo esquartelado: no primeiro e último, três flores de lis de ouro em campo vermelho; e nos demais, ũa águia de ouro estendida em campo verde com um rótulo de prata no bico; timbre: ũa das águias".
7. Os Vogados trazem "em
campo vermelho um leão rompente, armado de prata, entre quatro vieiras de prata;
timbre: um leão vermelho com ũa das vieiras na espádua". Coelho
é que diverge.
8. Os Salazar trazem "treze estrelas de ouro em campo vermelho em três palas; timbre: um braço de gigante nu, passado com ũa adaga de prata, guarnecida de ouro".
9. Os Negreiros trazem um "escudo esquartelado: o primeiro composto de seis palas de ouro e azul; o segundo xaquetado de ouro e azul de seis peças em faixa; timbre: meio leopardo de azul com três palas de ouro sobre o peito".
10. Os Ávilas trazem "treze roeles azuis
vermelhos em campo de ouro". Timbre:
um leão nascente de ouro, armado de vermelho, carregado das arruelas das armas.
Coelho é que diverge.
11. Os de La Peña trazem "em campo verde ũa águia negra estendida, picada e armada d'ouro, assentada sobre ũa penha, com um besante de ouro em os peitos e nele ũa cruz de Calatrava; timbre: meia águia, como as das armas".
12. Albergaria menciona os Salgados e dá as suas armas no apêndice, que Coelho não traduz: "En campo verde dos torres de plata al pie del escudo, presas con una cadena, y entre ellas un salero de oro en lo alto una águila negra extendida, con los pies sobre las torres". Por timbre, o saleiro.
1. Os Alvelos trazem "em campo vermelho cinco estrelas d'ouro de sete pontas em aspa; timbre: meio usso de sua cor com ũa das estrelas do escudo".
2. Os Veleses trazem "em
campo vermelho verde ũa torre de
prata, lavrada de negro e porta vermelha e ao pé dela ũa cabeça de mouro,
toucada de prata e vermelho e cortada em
sangue e junto dela ũa maça azul de prata
com o cabo d'ouro; timbre: um mouro nascente, vestido de vermelho e dos braços
nus, toucado de prata e vermelho, e ũa maça azul
de prata às costas, com o cabo d'ouro". Coelho
converge.
3. Os Beringéis trazem "em campo vermelho ũa banda azul, perfilada de ouro, com três flores de lis de prata; timbre: um braço vestido de vermelho com ũa flor de lis das armas na mão".
4. Os Chanocas trazem um "escudo
partido em pala: o primeiro de ouro prata
com um braço de leão vermelho e ũa estrela do mesmo junto das unhas; e o
segundo de azul prata com outro braço
de ouro e estrela semelhante de ouro
azul; timbre: os mesmos braços de leão vermelho em
aspa, atados com torçal de ouro e ũa estrela de ouro
vermelha antre eles". Coelho diverge nas
armas e converge no timbre.
5. Os Limpos trazem "em campo
d'ouro sete rosas de prata sobre três bandas vermelhas, três rosas de prata vazias em meio e duas em cada
ũa das outras; timbre: ũa cabeça de lebre de prata com a boca aberta, a
língua e ũa coleira vermelha, guarnecida d'ouro".
Coelho converge.
6. Os Ribeiras de Damião Dias trazem "em campo azul um leão passante de prata, armado d'ouro
de vermelho, e no alto do escudo ũa faixa de ouro
com três estrelas vermelhas de cinco oito
pontas; timbre: o mesmo leão com ũa estrela na testa". Coelho é que
diverge.
7. Os Salvagos trazem "em campo d'ouro um círculo redondo negro e dentro dele um leão rompante de prata com língua e unhas vermelhas; timbre: o mesmo leão, um torteau negro na espádua".
8. Os Pais trazem "em campo de prata nove lisonjas postas em três palas, veiradas e contraveiradas de azul e vermelho; timbre: um pavão de sua cor".
9. Os Paços trazem em campo de ouro um braço movente do cantão sinistro do chefe, empunhando uma espada de sua cor, guarnecida de ouro e golpeando com ela a boca de uma serpe verde, movente do cantão destro da ponta; timbre: uma estrela de oito raios de ouro entre duas asas de negro.
10. Os Tenreiros trazem "em
campo de prata um pinheiro verde e nele enroscada ũa cobra de prata com dois bezerros vermelhos de sua cor,
passantes e afrontados ao pé e no alto o sol e lua
vermelhos; timbre: um dos bezerros". Anselmo Braamcamp Freire na Armaria portuguesa (1908) segue Coelho.
11. Os Martins de Diogo Martins trazem um "escudo partido em faixa: em o alto, campo de ouro com três flores de lis de púrpura em faixa; e no segundo negro com duas faixas de ouro; timbre: ũa das flores de lis". Estas armas foram concedidas por Dom Sebastião a Diogo Martins em 1560. Na carta de brasão, descrevem-se assim: "um escudo partido em faxa: ao primeiro, de preto com duas barras d'ouro; e ao segundo, d'ouro com três frol-de-lises de púrpura, assentadas em pala; elmo de prata cerrado, guarnido d'ouro; paquife d'ouro e preto e ouro e púlpara; e por timbre ũa das frol-de-lises das armas". Portanto, tanto Albergaria como Coelho divergem.
12. Os Rios das Astúrias trazem "em campo d'ouro duas faixas de azul ondadas; orla de prata sobre filete negro com cinco cabeças de serpes verdes com as línguas vermelhas; timbre: ũa das cabeças das armas".
1. Albergaria menciona os Fidalgos e Dias e dá as suas armas no apêndice, que Coelho não traduz: "Un lucero de oro en campo azul". Por timbre, o mesmo luzeiro.
2. Albergaria menciona os Regras de João das Regras e dá as
suas armas no apêndice, que Coelho não traduz: "Escudo a franje, con dos bastones de oro
entre dos cruces de oro, floridas y vacías, y dos dragones de plata oro batallantes en campo rojo; y por timbre media sierpe
con un bastón atravesado en la boca". Braamcamp segue Coelho.
3. Albergaria menciona os da Mega de Vasco Martins da Mega e
dá as suas armas no apêndice, que Coelho não traduz: "una torre y escala de oro arrimada en
campo verde, asentada sobre ondas de azul y plata, y en lo alto un estandarte rojo
de plata con cruz de plata roja". Por
timbre, a torre. Coelho é que diverge.
4. Os Figueiroas e Figueiras trazem "em campo de ouro cinco folhas de figueira verdes; timbre: um braço vestido de vermelho com um ramo de figueira de cinco folhas na mão".
5. Albergaria menciona os Vazes de Martim Vaz e dá as suas armas no apêndice, que Coelho não traduz: "Escudo partido en pala: en el primero de oro con media águila roja; el segundo azul con tres palomas de plata, alas extendidas y extremos rojos; timbre: una cabeza de león rojo, que sale de una guirnalda de dos plumas de pavón de oro".
6. Os Castanhos trazem "em
campo de prata um castanho verde e arrimado a ele um leão lobo
passante negro". Por timbre: o lobo
nascente com um ramo da castanheira na mão.
7. Estas armas foram concedidas por Dom João III a Diogo Fernandes do Carvalhal Benfeito em 1537. Na carta de brasão, descrevem-se assim: "ũu escudo de vermelho com um baluarte de prata, com as portas e frestas e lavrado de preto; elmo de prata cerrado, guarnido d'ouro; paquife de prata e vermelho; e por timbre ũu mouro vestido de malha com a cabeça foteada e a barba ruiva e ũa lança quebrada, que lhe passa por dabaixo do braço esquerdo, com o ferro ensanguentado, todo inclinado pera diante".
8. Os Cárcamos trazem "um leão xaquelado de prata e vermelho, armado de vermelho, em campo azul". Por timbre: o leão.
9. Os Monizes de Lusinhão trazem um "escudo esquartelado: o primeiro de azul com cinco
estrelas de ouro; o segundo outra vez esquartelado: no primeiro, em campo de
prata cruz de ouro cruzada entre quatro cruzes do mesmo; no segundo, em campo
de prata um leão de púrpura, coroado de ouro, composto de seis peças de prata e
azul; e sobre tudo um leão negro vermelho
batalhante, coroado d'ouro, em escudo de prata ouro; timbre: o mesmo leão com ũa das cruzes na espádua".
Tanto Albergaria como Coelho divergem.
10. Os Magriços trazem três bancos vermelhos em campo de ouro; timbre: um leão de ouro, armado e lampassado de vermelho, com uma estrela vermelha de oito raios na espádua.
11. Albergaria menciona os Borralhos e dá as suas armas no
apêndice, que Coelho não traduz: "Faja Jefe de oro dentado
en campo azul y tres estrellas de oro en roquete". Por
timbre, um leão nascente azul, armado e lampassado de vermelho, com uma das
estrelas na espádua. Coelho converge.
12. Albergaria menciona os Ramires e dá as suas armas no apêndice, que Coelho não traduz: "En campo rojo, león de oro, desgajando un ramo de un árbol verde; orla azul con cuatro aspas y cuatro veneras de oro; y por timbre un aspa roja con cuatro veneras de oro".
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