31/10/21

O LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇÃO DAS ARMAS (XV)

Armas das casas de Alma, Refoios, Barbança, Moreira, Coelho de Nicolau Coelho, Teive, Cordovil, Boteto, Alvelos, Chaves, Avelar, Beça, Montarroio, Cotrim, Farinha e Figueiredo.

Os brasões a seguir não são de "famílias". Por exemplo, as armas dos Almeidas não são da "família Almeida". Pertencem, na verdade, a uma linhagem, neste caso à geração de Fernando Álvares de Almeida, alcaide-mor de Abrantes (1400), avô de Dom Lopo de Almeida, primeiro conde de Abrantes (1476). É por isso que o armorial nomeia a linhagem e especifica: "chefe". Esse chefe é o varão mais velho: só ele faz jus ao uso das armas direitas, cabendo aos cadetes diferençá-las. Assim, quando a varonia da casa de Abrantes se quebrou em 1633, as armas direitas dos Almeidas passaram ao primeiro conde de Avintes (1664), descendente de Dom Diogo de Almeida, prior do Crato e segundo filho de Dom Lopo de Almeida. Essas armas pertencem, portanto, ao pretendente à chefia da casa de Avintes. Contudo, é forçoso reconhecer que durante a maior parte da sua vigência só na aparência o sistema heráldico português funcionou com base em provas genealógicas, pois na realidade prevalecia a condescendência com a homofonia dos sobrenomes. Para detalhamentos, leiam-se as postagens sobre a heráldica gentilícia luso-brasileira.

Do Livro da nobreza e perfeição das armas (séc. XVI):

Fólio 33r: Almas, chefe; Refoios, chefe; Barbança, chefe; Moreira, chefe.

Fólio 33r: Almas, chefe; Refoes, chefe; Barvança, chefe; Moreira, chefe.

Almas, chefe: Faixado de ouro e azul de seis peças. Timbre: Duas tochas de ouro, acesas ao natural, passadas em aspa.

Refoios, chefe: De prata com quatro palas de vermelho. Timbre: Dois pés de águia de vermelho, armados de ouro, passados em aspa.

Barbança, chefe: De ouro com cinco escudetes de vermelho. Timbre: Uma águia sainte de vermelho, bicada de ouro.

Moreira, chefe: De vermelho com nove escudetes de prata, cada um carregado de uma cruz florenciada de verde. Timbre: Um lobo nascente de vermelho, carregado de um dos escudetes na espádua.

Fólio 33v: Coelhos de Nicolau Coelho, que foi capitão no primeiro descobrimento da Índia com o Almirante Dom Vasco da Gama; Teive, chefe; Cordovil, chefe; Boteto, chefe.
Fólio 33v: Coelhos de Nicolao Coelho, que foi capitão no primeiro descobrimento da Índia com o Almirante Dom Vasco da Gama; Teive, chefe; Cordovil, chefe; Boteto, chefe.

Coelhos de Nicolau Coelho, que foi capitão no primeiro descobrimento da Índia com o Almirante Dom Vasco da Gama: De vermelho com um leão de ouro, armado e lampassado de azul, entre duas colunas de ouro, cada uma rematada por um escudete de azul, carregado de cinco besantes de prata, o todo sustido por um terrado de verde, firmado num pé de prata, aguado de azul. Timbre: O leão, nascente.

Teive, chefe: De prata com nove arruelas de vermelho. Timbre: Um leopardo de púrpura, carregado de uma das arruelas na espádua.

Cordovil, chefe. De vermelho com uma oliveira de verde, frutada de ouro, e um lebréu deitado de prata, coleirado, atado de ouro ao tronco e brocante sobre este. Timbre: O lebréu, passante.

Boteto, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de ouro; o segundo e terceiro de prata com seis mosquetas de negro, postas três, duas, uma. Timbre: Um mouro nascente de sua cor, vestido de ouro, forrado de arminho, fotado de prata e vermelho, o braço direito levantando, segurando uma pedra de sua cor com a mão.

Fólio 34r: Alvelos, chefe; Chaves, chefe; Avelar, chefe; Beça, chefe.
Fólio 34r: Arvelos, chefe; Chaves, chefe; Avelar, chefe; Beça, chefe.

Alvelos, chefe: De vermelho com cinco estrelas de oito raios de ouro. Timbre: Um urso pardo sainte de sua cor, lampassado de vermelho, carregado de uma das estrelas no pescoço.

Chaves, chefe: De vermelho com cinco chaves de ouro. Timbre: Duas das chaves, passadas em aspa.

Avelar, chefe: De ouro com três faixas de vermelho, cada uma carregada de três estrelas de seis raios de prata. Timbre: Três espadas abatidas de prata, guarnecidas de ouro, empunhadas de vermelho e unidas pelas pontas.

Beça, chefe: Faixado de ouro e vermelho de seis peças com uma bordadura de vermelho, carregada de dez crescentes de prata. Timbre: Um lobo sainte de ouro, lampassado de vermelho.

Fólio 34v: Montarroio, chefe; Cotrim, chefe; Farinha, chefe; Figueiredo, chefe.
Fólio 34v: Montarroio, chefe; Cotrim, chefe; Farinha, chefe; Figueiredo, chefe.

Montarroio, chefe: De ouro com uma águia de duas cabeças de vermelho, pousada num crescente de prata, brocante sobre a cauda. Timbre: A águia, sainte.

Cotrim, chefe: Xadrezado de ouro e azul de seis peças em faixa e sete em pala. Timbre: Três plumas de azul, ornadas de ouro.

Farinha, chefe: De azul com nove besantes de prata postos em aspa, acompanhados de quatro cruzes florenciadas de ouro, vazias do campo, postas em cruz. Timbre: Uma gavela de seis espigas de trigo de ouro, sustidas e folhadas do mesmo.

Figueiredo, chefe: De vermelho com cinco folhas de figueira de verde, nervadas de ouro. Timbre: Dois braços de leão de vermelho, cada um agarrando uma das folhas de figueira.

29/10/21

O LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇÃO DAS ARMAS (XIV)

Armas das casas de Campos, Alvernaz, Cardoso, Perdigão, Alpoim, Vinhal, Carvalhal, Magalhanes, Menagem, Maracote, Fróis, Lobeira, Frielas, Fuseiro, Morais e Unha.

Os brasões a seguir não são de "famílias". Por exemplo, as armas dos Almeidas não são da "família Almeida". Pertencem, na verdade, a uma linhagem, neste caso à geração de Fernando Álvares de Almeida, alcaide-mor de Abrantes (1400), avô de Dom Lopo de Almeida, primeiro conde de Abrantes (1476). É por isso que o armorial nomeia a linhagem e especifica: "chefe". Esse chefe é o varão mais velho: só ele faz jus ao uso das armas direitas, cabendo aos cadetes diferençá-las. Assim, quando a varonia da casa de Abrantes se quebrou em 1633, as armas direitas dos Almeidas passaram ao primeiro conde de Avintes (1664), descendente de Dom Diogo de Almeida, prior do Crato e segundo filho de Dom Lopo de Almeida. Essas armas pertencem, portanto, ao pretendente à chefia da casa de Avintes. Contudo, é forçoso reconhecer que durante a maior parte da sua vigência só na aparência o sistema heráldico português funcionou com base em provas genealógicas, pois na realidade prevalecia a condescendência com a homofonia dos sobrenomes. Para detalhamentos, leiam-se as postagens sobre a heráldica gentilícia luso-brasileira.

Do Livro da nobreza e perfeição das armas (séc. XVI):

Fólio 31r: Campos, chefe; Alvernazes, chefe; Cardoso, chefe; Perdigão, chefe.
Fólio 31r: Campos, chefe; Albernazes, chefe; Cardoso, chefe; Perdigão, chefe.

Campos, chefe: De azul com três cabeças de leões de ouro, lampassadas de vermelho. Timbre: Uma das cabeças de leão.

Alvernazes, chefe: Esquartelado de azul e prata com quatro carapeteiros de um no outro. Timbre: Um carapeteiro de azul.

Cardoso, chefe: De vermelho com dois cardos de verde, arrancados de ouro, um sobre o outro, entre dois leões trepantes de ouro, armados e lampassados de azul. Timbre: A cabeça de um dos leões, de cuja boca sai um dos cardos.

Perdigão, chefe: De ouro com cinco perdigões de sua cor. Timbre: Um dos perdigões.

Fólio 31v: De Alpoim, chefe; Vinhal, chefe; Carvalhais, chefe; Magalhanes, chefe.
Fólio 31v: D'Alpoém, chefe; Avinhal, chefe; Carvalhaes, chefe; Magalhanes, chefe.

De Alpoim, chefe: De azul com um minguante de prata e uma bordadura cosida de vermelho. Timbre: Um adem de sua cor, bicado de ouro e membrado de vermelho.

Vinhal, chefe: Asnado de xadrezado de negro e prata e ouro de seis peças. Timbre: Dois bacelos de verde, folhados do mesmo, nervados e frutados de ouro, passados em aspa.

Carvalhais, chefe: Partido, o primeiro de vermelho com um carvalho de verde, arrancado de prata, firmado num terrado do mesmo; o segundo de vermelho com uma torre de prata, aberta e iluminada de negro, assente num terrado de verde. Timbre: A torre, de cujas ameias pende um ramo do carvalho.

Magalhanes, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de prata com uma árvore de verde; o segundo e terceiro de azul com uma cruz florenciada de ouro, vazia do campo. Timbre: A árvore.

Fólio 32r: Menagens, chefe; Maracote, chefe; Fróis, chefe; Lobeira, chefe.
Fólio 32r: Menagens, chefe; Maracote, chefe; Froes, chefe; Lobeira, chefe.

Menagens, chefe: De azul com uma torre torreada de ouro, aberta e iluminada de negro, carregada de seis bombardas abrindo fogo, quatro saindo do parapeito da torre e duas das paredes laterais, tudo de sua cor. Timbre: As figuras das armas.

Maracote, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de prata com um boi passante de vermelho; o segundo e terceiro xadrezado de prata e vermelho de quatro peças em faixa e quatro em pala. Timbre: O boi.

Fróis, chefe: De azul com um terno de crescentes de ouro. Timbre: Uma pomba de prata, bicada e membrada de ouro, com um ramo de flores de azul no bico.

Lobeira, chefe: De ouro com cinco flores de lis de azul e uma bordadura de verde, carregada de cinco lobos de ouro, lampassados de vermelho. Timbre: Um dos lobos carregado de uma das flores de lis na espádua, posta em faixa.

Fólio 32v: Frielas, chefe; Fuseiros, chefe; Morais, chefe; Unha, chefe.
Fólio 32v: Frielas, chefe; Fuseiros, chefe; Moraes, chefe; Unha, chefe.

Frielas, chefe: De azul com três mundos de ouro. Timbre: Um dos mundos.

Fuseiros, chefe: De azul com cinco maclas de ouro, postas em cruz e unidas. Timbre: Uma das maclas entre duas asas de anjo de sua cor.

Moraes, chefe: Partido, o primeiro de vermelho com uma torre de prata, aberta e iluminada de negro, assente num pé de prata, aguado de azul; o segundo de prata com uma amoreira de verde. Timbre: A amoreira.

Unha, chefe: Franchado de prata e negro com um leão entrecambado, armado e lampassado de vermelho. Timbre: Um leão sainte de negro, lampassado de vermelho.

27/10/21

O LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇÃO DAS ARMAS (XIII)

Armas das casas de Garcês de João Garcês, Bandeira, Calça, Rabelo, Portocarreiro, Azambuja, Paio Rodrigues, Matela, Correia, Botelho, Barbedo, Freitas, Carvalho, Negro, Pinheiro de Andrade e Pinheiro.

Os brasões a seguir não são de "famílias". Por exemplo, as armas dos Almeidas não são da "família Almeida". Pertencem, na verdade, a uma linhagem, neste caso à geração de Fernando Álvares de Almeida, alcaide-mor de Abrantes (1400), avô de Dom Lopo de Almeida, primeiro conde de Abrantes (1476). É por isso que o armorial nomeia a linhagem e especifica: "chefe". Esse chefe é o varão mais velho: só ele faz jus ao uso das armas direitas, cabendo aos cadetes diferençá-las. Assim, quando a varonia da casa de Abrantes se quebrou em 1633, as armas direitas dos Almeidas passaram ao primeiro conde de Avintes (1664), descendente de Dom Diogo de Almeida, prior do Crato e segundo filho de Dom Lopo de Almeida. Essas armas pertencem, portanto, ao pretendente à chefia da casa de Avintes. Contudo, é forçoso reconhecer que durante a maior parte da sua vigência só na aparência o sistema heráldico português funcionou com base em provas genealógicas, pois na realidade prevalecia a condescendência com a homofonia dos sobrenomes. Para detalhamentos, leiam-se as postagens sobre a heráldica gentilícia luso-brasileira.

Do Livro da nobreza e perfeição das armas (séc. XVI):

Fólio 29r: Garceses de João Garcês; Bandeira, chefe; Calças, chefe; Rabelo, chefe.
Fólio 29r: Garcezes de João Garcês; Bandeira, chefe; Calças, chefe; Rabelo, chefe.

Garceses de João Garcês: De azul com uma garça de ouro, acompanhada de quatro estrelas de seis raios do mesmo. Timbre: A garça.

Bandeira, chefe: De vermelho com uma bandeira de prata, perfilada e hasteada de ouro, carregada de um leão de azul, armado e lampassado de vermelho. Timbre: A bandeira.

Calças, chefe: De azul com nove vieiras de prata. Timbre: Um chapéu de peregrino de azul com a aba levantada, carregada de uma das vieiras.

Rabelo, chefe: De vermelho com três faixas de ouro, cada uma carregada de uma flor de lis de vermelho, alinhadas em banda. Timbre: Duas das flores de lis unidas pelas pontas.

Fólio 29v: Portocarreiro, chefe; Azambuja, chefe; Os que descendem de Paio Rodrigues, chefe; Matela, chefe.
Fólio 29v: Portocarreiro, chefe; Azambuja, chefe; Os que decendem de Pai Rodríguez, chefe; Matela, chefe.

Portocarreiro, chefe: Xadrezado de ouro e negro de três peças em faixa e cinco em pala. Timbre: Um cavalo nascente de ouro, ajaezado de azul.

Azambuja, chefe: De ouro com quatro bandas de vermelho. Timbre: Um selvagem nascente de carnação, os cabelos e pelos de ouro, segurando com as duas mãos um galho nodoso de vermelho.

Os que descendem de Paio Rodrigues: De prata com nove lisonjas veiradas de vermelho e azul, unidas e firmadas. Timbre: Um pavão de sua cor.

Matela, chefe: De prata com uma faixa de vermelho e três pilas de vermelho, cada uma carregada de uma moleta de oito pontas de ouro. Timbre: Duas esporas de ouro, as correias de vermelho.

Fólio 30r: Correia, chefe; Botelho, chefe; Barbedo, chefe; Freitas, chefe.
Fólio 30r: Correa, chefe; Botelho, chefe; Barbedo, chefe; Freitas, chefe.

Correia, chefe: De ouro fretado de vermelho. Timbre: Dois braços armados de sua cor, as mãos de carnação, atados de vermelho pelos punhos.

Botelho, chefe: De ouro com quatro faixas de vermelho. Timbre: Três flechas invertidas de prata, hasteadas de vermelho, enfeixadas e atadas de ouro.

Barbedo, chefe: De ouro com cinco estrelas de oito raios de vermelho e uma bordadura de azul. Timbre: Duas espadas abatidas de prata, guarnecidas de ouro e empunhadas de azul, passadas em aspa.

Freitas, chefe: De vermelho com cinco estrelas de seis raios de ouro. Timbre: Dois braços de leão segurando uma flecha de prata, hasteada de vermelho, posta em faixa.

Fólio 30v: Carvalho, chefe; Negros, chefe; Pinheiros de Andrade; Pinheiros, chefe.
Fólio 30v: Carvalho, chefe; Negros, chefe; Pinheiros d'Andrade; Pinheiros, chefe.

Carvalho, chefe: De azul com uma estrela de oito raios de ouro, encerrada numa caderna de crescentes de prata. Timbre: Um cisne de prata, bicado e membrado de ouro, carregado da estrela das armas no peito.

Negros, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto faixados de prata e azul de seis peças; o segundo e terceiro xadrezados de prata de seis peças em faixa e sete em pala. Timbre: Dois pés de águia de ouro, cada um agarrando um punhado de cabelos de negro.

Pinheiros de Andrade: De prata com cinco pinheiros de verde; chefe de verde, carregado de uma banda de vermelho, perfilada de ouro e engolida por duas cabeças de serpes do mesmo. Timbre: Uma das cabeças de serpe, de cuja boca sai um dos pinheiros.

Pinheiros, chefe: De prata com cinco pinheiros de verde. Timbre: Um dos pinheiros.

25/10/21

O LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇÃO DAS ARMAS (XII)

Armas das casas de Privado, Gomide, Chacim, Taborda, Paiva, Filgueira, Amaral, Casal, Velho, Lordelo, Peixoto, Novais, Vale, Barroso, Ulveira e Carregueiro.

Os brasões a seguir não são de "famílias". Por exemplo, as armas dos Almeidas não são da "família Almeida". Pertencem, na verdade, a uma linhagem, neste caso à geração de Fernando Álvares de Almeida, alcaide-mor de Abrantes (1400), avô de Dom Lopo de Almeida, primeiro conde de Abrantes (1476). É por isso que o armorial nomeia a linhagem e especifica: "chefe". Esse chefe é o varão mais velho: só ele faz jus ao uso das armas direitas, cabendo aos cadetes diferençá-las. Assim, quando a varonia da casa de Abrantes se quebrou em 1633, as armas direitas dos Almeidas passaram ao primeiro conde de Avintes (1664), descendente de Dom Diogo de Almeida, prior do Crato e segundo filho de Dom Lopo de Almeida. Essas armas pertencem, portanto, ao pretendente à chefia da casa de Avintes. Contudo, é forçoso reconhecer que durante a maior parte da sua vigência só na aparência o sistema heráldico português funcionou com base em provas genealógicas, pois na realidade prevalecia a condescendência com a homofonia dos sobrenomes. Para detalhamentos, leiam-se as postagens sobre a heráldica gentilícia luso-brasileira.

Do Livro da nobreza e perfeição das armas (séc. XVI):

Fólio 27r: Privado, chefe; Gomide, chefe; Chacins, chefe; Taborda, chefe.
Fólio 27r: Privado, chefe; Agomia, chefe; Chacins, chefe; Taborda, chefe.

Privado, chefe: De ouro com quatro bandas de vermelho. Timbre: Um grifo passante de vermelho, bicado, alado e armado de ouro.

Gomide, chefe: De azul com cinco gomis cobertas de ouro. Timbre: Uma das gomis.

Chacins, chefe: De arminho com uma banda de vermelho, carregada de duas coticas de prata. Timbre: Um javali passante de arminho.

Taborda, chefe: De vermelho com cinco cadernas de crescentes de ouro. Timbre: Uma asa de águia de vermelho, carregada de um dos crescentes, deitado.

Fólio 27v: Paiva, chefe; Filgueira, chefe; Amaral, chefe; Casal, chefe.
Fólio 27v: Paiva, chefe; Folgueira, chefe; Amaral, chefe; Casal, chefe.

Paiva, chefe: De azul com três flores de lis de ouro, postas e alinhadas em banda. Timbre: Uma aspa de azul, carregada de uma flor de lis de ouro.

Filgueira, chefe: De azul com nove lisonjas de prata, unidas e firmadas. Timbre: Um lobo sainte de azul, lisonjado de prata.

Amaral, chefe: De ouro com seis minguantes de azul. Timbre: Um leão de ouro, armado e lampassado de vermelho, empunhando uma acha de armas de prata, encabada de azul.

Casal, chefe: De ouro com cinco flores de lis de vermelho. Timbre: Uma das flores de lis.

Fólio 28r: Velho, chefe; Lordelo, chefe; Peixoto, chefe; Novais, chefe.
Fólio 28r: Velho, chefe; Lordelo, chefe; Peixoto, chefe; Navaes, chefe.

Velho, chefe: De vermelho com cinco vieiras de ouro. Timbre: Um chapéu de peregrino de negro com a aba levantada, carregada de uma das vieiras.

Lordelo, chefe: De verde com uma banda de prata, carregada de três rosas de quatro folhas de vermelho, acompanhada de seis cordeiros passantes de prata, postos no sentido da banda. Timbre: Um dos cordeiros com uma das rosas na boca.

Peixoto, chefe: Xadrezado de ouro e vermelho de cinco peças em faixa e seis em pala. Timbre: Um golfinho com um peixe na boca, tudo de sua cor.

Novais, chefe: De azul com cinco novelos de prata. Timbre: Dois dos novelos, enfiados nas hastes superiores de uma aspa de azul.

Fólio 28v: Vale, chefe; Barroso, chefe; Ulveira, chefe; Carregueiro, chefe.
Fólio 28v: Vale, chefe; Barroso, chefe; Ulveira, chefe; Carregueiro, chefe.

Vale, chefe: De vermelho com três espadas abatidas de prata, empunhadas de ouro, alinhadas em faixa. Timbre: As espadas unidas pelas pontas.

Barroso, chefe: De vermelho com cinco leões de púrpura, carregados de duas faixas de ouro. Timbre: Um dos leões.

Ulveira, chefe: De azul com cinco crescentes de prata. Timbre: Uma onça de sua cor, coleirada de prata.

Carregueiro, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de verde com uma águia de ouro, armada e linguada de vermelho; o segundo e terceiro de vermelho com uma flor de lis de ouro. Timbre: A águia.

23/10/21

O LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇÃO DAS ARMAS (XI)

Armas das casas de Azinhal, Paim, Porras, Viveiro, Frazão, Teive, Alcoforado, Homem, Dantas, Godins, Barradas, Leitão, Varejola, Mina, Vila Nova e Barba Longa.

Os brasões a seguir não são de "famílias". Por exemplo, as armas dos Almeidas não são da "família Almeida". Pertencem, na verdade, a uma linhagem, neste caso à geração de Fernando Álvares de Almeida, alcaide-mor de Abrantes (1400), avô de Dom Lopo de Almeida, primeiro conde de Abrantes (1476). É por isso que o armorial nomeia a linhagem e especifica: "chefe". Esse chefe é o varão mais velho: só ele faz jus ao uso das armas direitas, cabendo aos cadetes diferençá-las. Assim, quando a varonia da casa de Abrantes se quebrou em 1633, as armas direitas dos Almeidas passaram ao primeiro conde de Avintes (1664), descendente de Dom Diogo de Almeida, prior do Crato e segundo filho de Dom Lopo de Almeida. Essas armas pertencem, portanto, ao pretendente à chefia da casa de Avintes. Contudo, é forçoso reconhecer que durante a maior parte da sua vigência só na aparência o sistema heráldico português funcionou com base em provas genealógicas, pois na realidade prevalecia a condescendência com a homofonia dos sobrenomes. Para detalhamentos, leiam-se as postagens sobre a heráldica gentilícia luso-brasileira.

Do Livro da nobreza e perfeição das armas (séc. XVI):

25r: Azinhal, chefe; Paim, chefe; Porras, chefe; Viveiro, chefe.
25r: Azinhal, chefe; Paim, chefe; Porras, chefe; Viveiro, chefe.

Azinhal, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de prata com uma árvore de verde; o segundo e terceiro de ouro com cinco estrelas de oito raios de vermelho. Timbre: A árvore.

Paim, chefe: Franchado de prata e negro com um leão entrecambado, armado e lampassado de vermelho. Timbre: Um leão de negro, armado e lampassado de vermelho.

Porras, chefe: De ouro com cinco maças de armas de azul e uma bordadura de vermelho, semeada de flores de lis de prata. Timbre: Uma flor de lis de prata entre duas das maças, passadas em aspa.

Viveiro, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de ouro com dois ramos de urtiga de verde, passados em aspa e plantados num monte de três cômoros de sua cor, firmado num pé ondado de prata e azul; o segundo e terceiro de azul com duas caldeiras xadrezadas de prata e vermelho, das quais saem quatro cabeças de serpes do mesmo, e uma bordadura de prata, carregada de mosquetas de negro. Timbre: Os dois ramos de urtiga.

Fólio 25v: Frazão, chefe; Teive, chefe; Alcoforado, chefe; Homem, chefe.
Fólio 25v: Farzão, chefe; Teive, chefe; Alcoforado, chefe; Homem, chefe.

Frazão, chefe: De vermelho com uma asna de prata, acompanhada de três flores de lis de ouro. Timbre: Uma das flores de lis entre as pernas de uma asna de vermelho.

Teive, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de ouro com seis arruelas de vermelho; o segundo e terceiro de prata com três mosquetas de negro, alinhadas em faixa. Timbre: Um leopardo partido de ouro e arminho.

Alcoforado, chefe: Xadrezado de prata e azul de seis peças em faixa e sete em pala. Timbre: Uma águia de azul, a asa direita xadrezada de prata e azul.

Homem, chefe: De azul com seis crescentes de ouro. Timbre: Um leão de azul, armado de ouro, segurando com as suas patas uma alabarda de sua cor, hasteada de ouro.

Fólio 26r: Dantas, chefe; Godins, chefe; Barradas, chefe; Leitão, chefe.
Fólio 26r: Dantas, chefe; Godinz, chefe; Barradas, chefe; Leitão, chefe.

Dantas, chefe: De vermelho com seis lisonjas de azul, perfiladas de ouro, postas em cruz latina e unidas. Timbre: Uma anta de sua cor. (1)

Godins, chefe: Xadrezado de prata e ouro de cinco peças em faixa e seis em pala. Timbre: Um voo de águia de prata.

Barradas, chefe: De azul com uma cruz de prata, cantonada de vinte vieiras de vermelho, realçadas de ouro. Timbre: Dois galhos nodosos de ouro, passados em aspa, dos quais pendem cinco das vieiras.

Leitão, chefe: De prata com três faixas de vermelho. Timbre: Um leitão passante de prata, carregado de uma faixa de vermelho.

Fólio 26v: Varejola, chefe; Minas, chefe; Vila Nova, chefe; Barba Longa, chefe.
Fólio 26v: Barejola, chefe; Minas, chefe; Vila Nova, chefe; Barba Longa, chefe.

Varejola, chefe: De verde com quatro lisonjas alinhadas em pala, unidas e firmadas, ladeadas de seis flores de lis, tudo de ouro. Timbre: Onze lisonjas de ouro, postas em aspa e unidas, rematadas por uma flor de lis de verde.

Minas, chefe: De prata com três cabeças de negro ao natural, com brincos, argola e colar de ouro. Timbre: Uma das cabeças de negro.

Vila Nova, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de vermelho com três flores de lis de ouro; o segundo e terceiro de verde com uma águia de ouro, realçada de vermelho, segurando um listel de prata com o bico. Timbre: As figuras do segundo.

Barba Longa, chefe: De prata com uma cruz florenciada de negro, vazia do campo, encerrada numa coroa de hera de verde, posta em orla. Timbre: Um mouro sainte de sua cor, vestido de verde e fotado de prata.

Nota:
(1) A forma originária desse sobrenome é Antas e tem origem toponímica, daí a preposição, de Antas, cuja contração, d'Antas, deu a forma Dantas. No Velho Mundo, uma anta é uma espécie de dólmen, do latim antæ. Foram as ocorrências desses dólmens que motivaram as nomeações de tantos lugares em Portugal e na Galiza com essa palavra. No entanto, a homofonia com anta, do árabe لمطة (lamṭa), o nome de uma pele que chegava à península Ibérica através do norte da África e os portugueses usaram para designar o animal do Novo Mundo também conhecido como tapir, causou uma confusão que o acabou convertendo no timbre dos Dantas, o qual Antônio Godinho desconhecia, como fica claro pelos chifres. Ou supunha que a tal pele vinha de algum antílope.

21/10/21

O LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇÃO DAS ARMAS (X)

Armas das casas de Maia, Serrão, Pedroso, Mexia, Grã, Pestana, Vila Lobos, Botilher, Abul, Xira, Pina, Guimarães de Pedro Lourenço, Garcês de Afonso Garcês, Matos, Dornelas e Cerqueira.

Os brasões a seguir não são de "famílias". Por exemplo, as armas dos Almeidas não são da "família Almeida". Pertencem, na verdade, a uma linhagem, neste caso à geração de Fernando Álvares de Almeida, alcaide-mor de Abrantes (1400), avô de Dom Lopo de Almeida, primeiro conde de Abrantes (1476). É por isso que o armorial nomeia a linhagem e especifica: "chefe". Esse chefe é o varão mais velho: só ele faz jus ao uso das armas direitas, cabendo aos cadetes diferençá-las. Assim, quando a varonia da casa de Abrantes se quebrou em 1633, as armas direitas dos Almeidas passaram ao primeiro conde de Avintes (1664), descendente de Dom Diogo de Almeida, prior do Crato e segundo filho de Dom Lopo de Almeida. Essas armas pertencem, portanto, ao pretendente à chefia da casa de Avintes. Contudo, é forçoso reconhecer que durante a maior parte da sua vigência só na aparência o sistema heráldico português funcionou com base em provas genealógicas, pois na realidade prevalecia a condescendência com a homofonia dos sobrenomes. Para detalhamentos, leiam-se as postagens sobre a heráldica gentilícia luso-brasileira.

Do Livro da nobreza e perfeição das armas (séc. XVI):

Fólio 22r: Da Maia, chefe; Serrão, chefe; Pedroso, chefe; Mexias, chefe.
Fólio 22r: Da Maia, chefe; Serrão, chefe; Pedroso, chefe; Mexias, chefe.

Da Maia, chefe: De vermelho com uma águia de negro, realçada de ouro. Timbre: A águia, nascente.

Serrão, chefe: De prata com um leão de vermelho, sustido por um monte de três cômoros de verde, firmado em ponta. Timbre: O leão, nascente.

Pedroso, chefe: De ouro com duas faixas de vermelho, acompanhadas de sete lobos passantes de negro, armados e lampassados de vermelho, postos três, três, um. Timbre: Um dos lobos.

Mexias, chefe: De ouro com três faixas de azul. Timbre: Uma onça de sua cor, carregada de uma das faixas.

Fólio 22v: Da Grã, chefe; Pestana, chefe; Vila Lobos, chefe; Botilher, chefe.
Fólio 22v: Da Grã, chefe; Pestana, chefe; Vila Lobos, chefe; Botilher, chefe.

Da Grã, chefe: De ouro com uma águia de vermelho. Timbre: A águia, nascente.

Pestana, chefe: De prata com três faixas de vermelho. Timbre: Um leopardo de prata, armado e lampassado de vermelho.

Vila Lobos, chefe: De ouro com dois lobos passantes de púrpura, armados e lampassados de vermelho, um sobre o outro. Timbre: Um dos lobos.

Botilher, chefe: De vermelho com duas copas cobertas de ouro; chefe endentado de azul e ouro de quatro peças. Timbre: Uma águia de negro, bicada de ouro e linguada de vermelho, nascente de um ninho de prata.

Fólio 23r: Abul, chefe; Xiras, chefe; Pina, chefe; Os Guimarães de Pedro Lourenço.
Fólio 23r: Abul, chefe; Xiras, chefe; Pina, chefe; Os Guimarães de Pero Lourenço.

Abul, chefe: Partido, o primeiro dimidiado de ouro com uma águia de duas cabeças de negro, linguada de vermelho; o segundo de azul com uma faixa de vermelho, perfilada de ouro, carregada de um minguante de prata, acompanhada de dois minguantes de vermelho em ponta. Timbre: Um voo de águia de negro.

Xiras, chefe: De vermelho com uma asna de prata, carregada de cinco cruzes páteas do campo. Timbre: Um unicórnio sainte de prata, armado de ouro.

Pina, chefe: De vermelho com uma torre de prata, aberta e iluminada de negro, assente num penhasco ao natural, firmado em ponta. Timbre: As figuras das armas.

Os Guimarães de Pedro Lourenço: De prata fretado de negro com uma pala de vermelho brocante sobre o fretado e um leão de arminho, armado e lampassado de azul, brocante sobre tudo. Timbre: O leão.

Fólio 23v: Garceses de Afonso Garcês; Matos, chefe; Dornelas, chefe; Cerqueira, chefe.
Fólio 23v: Garcezes de Afonso Garcês; Matos, chefe; Ornelas, chefe; Cerqueira, chefe.

Garceses de Afonso Garcês: Partido de dois traços e cortado de um: o primeiro e o sexto de ouro com seis arruelas de vermelho; o segundo cortado, o primeiro de vermelho com um minguante de prata e duas chaves de azul, passadas em aspa e brocantes; o segundo de prata lisa; o terceiro e quarto de azul com uma torre de ouro, acompanhada de sete estrelas de seis raios do mesmo, três em chefe e duas em cada flanco; o quinto esquartelado, o primeiro e quarto de vermelho com uma cruz solta de prata e um chefe do mesmo; o segundo e terceiro de ouro com três besantes de azul em pala. Timbre: As figuras do segundo.

Matos, chefe: De vermelho com um pinheiro de verde, arrancado de ouro, entre dois leões trepantes do mesmo, armados e lampassados de azul. Timbre: Um dos leões, nascente, segurando um ramo de pinheiro de verde em cada pata.

Dornelas, chefe: De azul com uma banda cosida de vermelho, carregada de três flores de lis de ouro, postas no sentido da banda, acompanhada de duas sereias ao natural, segurando um espelho de prata, ornado de ouro, e um pente do mesmo. Timbre: Uma das sereias.

Cerqueira, chefe: De vermelho com um leão de ouro, armado e lampassado de azul. Timbre: O leão.

19/10/21

O LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇÃO DAS ARMAS (IX)

Armas das casas de Caldeira, Tinoco, Barbudo, Barbuda, Beja, Valadares, Larzedo, Nóbrega, Godinho, Barboso, Barbato, Aranha, Gouveia, Alcáçova, Vogado e Jácome.

Os brasões a seguir não são de "famílias". Por exemplo, as armas dos Almeidas não são da "família Almeida". Pertencem, na verdade, a uma linhagem, neste caso à geração de Fernando Álvares de Almeida, alcaide-mor de Abrantes (1400), avô de Dom Lopo de Almeida, primeiro conde de Abrantes (1476). É por isso que o armorial nomeia a linhagem e especifica: "chefe". Esse chefe é o varão mais velho: só ele faz jus ao uso das armas direitas, cabendo aos cadetes diferençá-las. Assim, quando a varonia da casa de Abrantes se quebrou em 1633, as armas direitas dos Almeidas passaram ao primeiro conde de Avintes (1664), descendente de Dom Diogo de Almeida, prior do Crato e segundo filho de Dom Lopo de Almeida. Essas armas pertencem, portanto, ao pretendente à chefia da casa de Avintes. Contudo, é forçoso reconhecer que durante a maior parte da sua vigência só na aparência o sistema heráldico português funcionou com base em provas genealógicas, pois na realidade prevalecia a condescendência com a homofonia dos sobrenomes. Para detalhamentos, leiam-se as postagens sobre a heráldica gentilícia luso-brasileira.

Do Livro da nobreza e perfeição das armas (séc. XVI):

Fólio 20r: Caldeira, chefe; Tinoco, chefe; Barbudo, chefe; Barbuda, chefe.
Fólio 20r: Caldeira, chefe; Tinoco, chefe; Barbudo, chefe; Barbuda, chefe.

Caldeira, chefe: De azul com uma banda de prata, carregada de três caldeiras de negro, postas no sentido da banda, acompanhada de duas flores de lis de ouro. Timbre: Uma das caldeiras rematada por uma das flores de lis.

Tinoco, chefe: De ouro com três águias de vermelho e uma bordadura xadrezada de ouro e negro. Timbre: Uma das águias.

Barbudo, chefe: De ouro com cinco estrelas de seis raios de vermelho. Timbre: Dois braços de leão de sua cor, cada um segurando um punhado de cabelos de vermelho.

Barbuda, chefe: De ouro com nove lisonjas veiradas de prata e vermelho, unidas e firmadas. Timbre: Um galgo nascente de negro entre duas penas de pavão de sua cor.

Fólio 20v: Beja, chefe; Valadares, chefe; Larzedo, chefe; Nóbrega, chefe.
Fólio 20v: Beja, chefe; Valadares, chefe; Larzedo, chefe; Nóbrega, chefe.

Beja, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de vermelho com uma cruz de ouro, cantonada de quatro flores de lis do mesmo; o segundo e terceiro de prata com uma águia de azul. Timbre: A águia carregada de uma das flores de lis no peito.

Valadares, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de azul com um leão de prata, armado e lampassado de vermelho; o segundo e terceiro xadrezados de prata e vermelho de seis peças em faixa e seis em pala. Timbre: O leão.

Larzedo, chefe: De verde com uma torre de ouro, entre dois leões trepantes de ouro, armados e lampassados de vermelho. Timbre: As figuras das armas.

Nóbrega, chefe: De ouro com quatro palas de vermelho. Timbre: Um açor voante de negro, bicado e membrado de ouro, sustido por um ninho de verde.

Fólio 21r: Godinho, chefe; Barboso, chefe; Barbato, chefe; Aranha, chefe.
Fólio 21r: Godinho, chefe; Barboso, chefe; Barbato, chefe; Aranha, chefe.

Godinho, chefe: Palado de ouro, vermelho, ouro e azul com quatro filetes de negro em faixa, brocantes sobre tudo. Timbre: Chamas de ouro e vermelho.

Barbosa, chefe: De prata com uma banda de azul, carregada de três crescentes de ouro, postos no sentido da banda, acompanhada de dois leões trepantes de púrpura, armados e lampassados de vermelho. Timbre: Um dos leões, nascente.

Barbato, chefe: De vermelho com uma banda de prata, entre dois leões trepantes de azul. Timbre: Um dos leões, nascente.

Aranha, chefe: De azul com uma asna de vermelho, perfilada de ouro, acompanhada de três flores de lis de ouro e carregada de um escudete de prata com uma banda de vermelho, sobrecarregada de três aranhas de negro, postas no sentido da banda. Timbre: Uma das flores de lis.

Fólio 21v: Gouveia, chefe; Alcáçova, chefe; Vogado, chefe; Jácome, chefe.
Fólio 21v: Gouvea, chefe; Alcáceva, chefe; Vogado, chefe; Jácome, chefe.

Gouveia, chefe: Partido, no primeiro as armas dos Melos; no segundo as dos Castros de seis arruelas. Timbre: Uma águia de vermelho.

Alcáçova, chefe: De azul com uma alcáçova de três muralhas e cinco torres de prata, aberta e iluminada de negro. Timbre: A alcáçova.

Vogado, chefe: De vermelho com um leão de ouro, armado e lampassado de azul, entre quatro vieiras de prata. Timbre: O leão, nascente.

Jácome, chefe: Partido, o primeiro de azul com um castelo coberto de prata, aberto e iluminado de negro; o segundo dimidiado de ouro com uma águia de duas cabeças de negro, linguada de vermelho. Timbre: O castelo.

17/10/21

O LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇÃO DAS ARMAS (VIII)

Armas das casas de Pinto, Coelho, Queirós, Sem, Vivar, Duarte Brandão, Vasco da Gama, Gama, Fonseca, Ferreira, Magalhães, Fogaça, Valente, Boto, Lobato e Gorizo.

Os brasões a seguir não são de "famílias". Por exemplo, as armas dos Almeidas não são da "família Almeida". Pertencem, na verdade, a uma linhagem, neste caso à geração de Fernando Álvares de Almeida, alcaide-mor de Abrantes (1400), avô de Dom Lopo de Almeida, primeiro conde de Abrantes (1476). É por isso que o armorial nomeia a linhagem e especifica: "chefe". Esse chefe é o varão mais velho: só ele faz jus ao uso das armas direitas, cabendo aos cadetes diferençá-las. Assim, quando a varonia da casa de Abrantes se quebrou em 1633, as armas direitas dos Almeidas passaram ao primeiro conde de Avintes (1664), descendente de Dom Diogo de Almeida, prior do Crato e segundo filho de Dom Lopo de Almeida. Essas armas pertencem, portanto, ao pretendente à chefia da casa de Avintes. Contudo, é forçoso reconhecer que durante a maior parte da sua vigência só na aparência o sistema heráldico português funcionou com base em provas genealógicas, pois na realidade prevalecia a condescendência com a homofonia dos sobrenomes. Para detalhamentos, leiam-se as postagens sobre a heráldica gentilícia luso-brasileira.

Do Livro da nobreza e perfeição das armas (séc. XVI):

Fólio 18r: Pintos, chefe; Coelho, chefe; Queirós, chefe; Do Sem, chefe.
Fólio 18r: Pintos, chefe; Coelho, chefe; Queirós, chefe; Do Sem, chefe.

Pintos, chefe: De prata com cinco crescentes de vermelho. Timbre: Um leopardo de prata, armado e lampassado de vermelho, carregado de um dos crescentes na espádua.

Coelho, chefe: De ouro com um leão de púrpura, armado e lampassado de vermelho, carregado de três faixas veiradas de azul e ouro, e uma bordadura de azul, carregada de cinco coelhos passantes de prata. Timbre: O leão, nascente.

Queirós, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de prata com seis crescentes de vermelho, perfilados de ouro; o segundo e terceiro de prata com um leão de púrpura, armado e lampassado de vermelho. Timbre: O leão.

Do Sem, chefe: De vermelho com um leão de ouro, armado e lampassado de azul, e bordadura cosida de azul, carregada de oito vieiras de prata. Timbre: O leão.

Fólio 18v: Vivar, chefe; Os que vêm de Duarte Brandão, chefe; Os que vêm de Dom Vasco da Gama, primeiro almirante da Índia; Gama, chefe.
Fólio 18v: Vivar, chefe; Os que vêm de Duarte Brandão, chefe; Os que vêm de Dom Vasco da Gama, primeiro almirante da Índia; Gama, chefe.

Vivar, chefe: De ouro com uma águia de vermelho, bicada e armada de negro, carregada de um crescente do mesmo no peito. Timbre: A águia.

Os que vêm de Duarte Brandão: De azul com dois dragões batalhantes de ouro, armados e lampassados de vermelho, com as caudas e os pescoços passados e repassados em aspa e as cabeças adossadas. Timbre: As serpes.

Os que vêm de Dom Vasco da Gama, primeiro almirante da Índia: As armas dos Gamas com um escudete de Portugal antigo no ponto de honra. Timbre: O dos Gamas.

Gama, chefe: Xadrezado de ouro e vermelho, de três peças em faixa e cinco em pala, as de vermelho carregadas de duas faixas de prata. Timbre: Uma gama passante de ouro, carregada de três palas de vermelho na espádua.

Fólio 19r: A Fonseca, chefe; Ferreira, chefe; Magalhães, chefe; Fogaça, chefe.
Fólio 19r: A Fonseca, chefe; Ferreira, chefe; Magalhães, chefe; Fogaça, chefe.

A Fonseca, chefe: De ouro com cinco estrelas de sete raios de vermelho. Timbre: Um touro parado de vermelho, armado de ouro e carregado de uma estrela de sete raios do mesmo no lombo.

Ferreira, chefe: De vermelho com quatro faixas de ouro. Timbre: Um avestruz de negro, gotado de ouro.

Magalhães, chefe: De prata com três faixas xadrezadas de prata e vermelho de três tiras. Timbre: Um abutre de sua cor.

Fogaça, chefe: Franchado, o primeiro e quarto de vermelho com três palas de ouro; o segundo e terceiro de ouro com uma fogaça de sua cor. Timbre: Um feixe de lenha em chamas, tudo ao natural.

Fólio 19v: Valente, chefe; Botos, chefe; Lobatos, chefe; Gorizo, chefe.
Fólio 19v: Valente, chefe; Botos, chefe; Lobatos, chefe; Gorizo, chefe.

Valente, chefe: De vermelho com um leão de ouro, armado e lampassado de azul, carregado de duas faixas de azul, sobrecarregada de furos sem número. Timbre: O leão.

Botos, chefe: Franchado, o primeiro e quarto de ouro com um cabeça de mouro de sua cor, fotada de prata; o segundo e terceiro de vermelho com uma torre de prata, aberta e iluminada de negro. Timbre: A torre rematada pela cabeça de mouro.

Lobatos, chefe: De vermelho com três castelos de prata e uma bordadura de ouro, carregada de oito lobos passantes de negro. Timbre: Um dos castelos.

Gorizo, chefe: De prata com cinco águias de vermelho. Timbre: Uma das águias.

15/10/21

O LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇÃO DAS ARMAS (VII)

Armas das casas de Pessanha, Pedrosa, Bairros, Teixeira, Mota, Vieira, Bethencourt, Aguiar, Faria, Borges, Pacheco, Soutomaior, Serpa, Barreto, Arca e Nogueira.

Os brasões a seguir não são de "famílias". Por exemplo, as armas dos Almeidas não são da "família Almeida". Pertencem, na verdade, a uma linhagem, neste caso à geração de Fernando Álvares de Almeida, alcaide-mor de Abrantes (1400), avô de Dom Lopo de Almeida, primeiro conde de Abrantes (1476). É por isso que o armorial nomeia a linhagem e especifica: "chefe". Esse chefe é o varão mais velho: só ele faz jus ao uso das armas direitas, cabendo aos cadetes diferençá-las. Assim, quando a varonia da casa de Abrantes se quebrou em 1633, as armas direitas dos Almeidas passaram ao primeiro conde de Avintes (1664), descendente de Dom Diogo de Almeida, prior do Crato e segundo filho de Dom Lopo de Almeida. Essas armas pertencem, portanto, ao pretendente à chefia da casa de Avintes. Contudo, é forçoso reconhecer que durante a maior parte da sua vigência só na aparência o sistema heráldico português funcionou com base em provas genealógicas, pois na realidade prevalecia a condescendência com a homofonia dos sobrenomes. Para detalhamentos, leiam-se as postagens sobre a heráldica gentilícia luso-brasileira.

Do Livro da nobreza e perfeição das armas (séc. XVI):

Fólio 16r: Pessanha, chefe; Pedrosa, chefe; Bairros, chefe; Teixeira, chefe.
Fólio 16r: Paçanha, chefe; Pedrosa, chefe; Bairros, chefe; Teixeira, chefe.

Pessanha, chefe: De prata com uma banda dentelada de vermelho, carregada de três flores de lis do campo, postas no sentido da banda. Timbre: Uma asa de vermelho, carregada das flores de lis.

Pedrosa, chefe: De ouro com cinco pedras de sua cor, a do centro carregada de uma águia de negro. Timbre: Uma das pedras e nela a águia pousada.

Bairros, chefe: De ouro com três galhos nodosos de sua cor, postos em banda e firmados nos bordos. Timbre: Os galhos enfeixados, atados de ouro.

Teixeira, chefe: De azul com uma cruz potenteia de ouro, vazia do campo. Timbre: Um unicórnio nascente de prata, armado de ouro.

Fólio 16v: Mota, chefe; Vieira, chefe; Bethencourt, chefe; Aguiar, chefe.
Fólio 16v: Mota, chefe; Vieira, chefe; Betencor, chefe; Aguiar, chefe.

Mota, chefe: De verde com cinco flores de lis de ouro. Timbre: Duas plumas de verde, picadas de ouro, entre elas uma das flores de lis.

Vieira, chefe: De vermelho com seis vieiras de ouro. Timbre: Dois bordões de vermelho, passados em aspa, rematados por uma das vieiras.

Bethencourt, chefe: De prata com um leão de negro, armado e lampassado de vermelho. Timbre: O leão.

Aguiar, chefe: De ouro com uma águia de vermelho, bicada e membrada de negro. Timbre: A águia.

Fólio 17r: Faria, chefe; Borges, chefe; Pacheco, chefe; Soutomaior, chefe.
Fólio 17r: Faria, chefe; Borges, chefe; Pacheco, chefe; Soutomaior, chefe.

Faria, chefe: De vermelho com uma torre de prata, aberta e iluminada de negro, acompanhada de cinco flores de lis de prata, três em chefe e uma em cada flanco. Timbre: A torre, carregada de uma flor de lis de vermelho.

Borges, chefe: De vermelho com um leão de ouro, armado e lampassado de azul, e uma bordadura cosida de azul, semeada de flores de lis de ouro. Timbre: O leão.

Pacheco, chefe: De ouro com duas caldeiras do mesmo, uma sobre a outra, cada uma carregada de três faixas veiradas de vermelho e ouro, com o aro do mesmo veirado, da qual saem quatro cabeças de serpe de ouro, duas voltadas para dentro e duas para fora. Timbre: Duas serpes nascentes de ouro, batalhantes.

Soutomaior, chefe: De prata com três faixas xadrezadas de ouro e vermelho de três tiras. Timbre: Um leão nascente de vermelho, carregado das peças das armas.

Fólio 17v: Serpa, chefe; Barreto, chefe; Arca, chefe; Nogueira, chefe.
Fólio 17v: Serpa, chefe; Barreto, chefe; Arca, chefe; Nogueira, chefe.

Serpa, chefe: De verde com um leão de ouro, armado e lampassado de vermelho, e uma serpe, também de ouro, armada e lampassada de vermelho, um sobre o outro, o leão entre duas torres de prata, abertas e iluminadas de negro. Timbre: A serpe sainte de uma das torres.

Barreto, chefe: De arminho liso. Timbre: Uma donzela nascente de carnação, vestida de arminho.

Arca, chefe: Esquartelado, o primeiro e quarto de ouro com uma faixa de vermelho; o segundo e terceiro com cinco pontos de vermelhos, equipolados a quatro de ouro. Timbre: Um perdigueiro sentado de negro.

Nogueira, chefe: De ouro com uma banda xadrezada de verde e prata de cinco tiras, carregada de um filete de vermelho no sentido da banda. Timbre: Dois ramos frutados de nogueira de sua cor, passados em aspa.