Armas dos condes de Portugal.
Do Tesouro de nobreza (1675):
Leia-se o comentário às armas dos duques e marqueses na postagem antecedente, que também abrange as dos condes.
O conde de Aveiras (1640) trazia um escudo partido e nele as armas dos Silvas e dos Meneses. Em 1678, o titular era João da Silva Telo de Meneses.
O conde de Vimioso (1515) trazia "as armas [...] antigas da Casa de Bragança com o acrescentamento de quatro cruzes dos Pereiras entre os escudos reais em santor", os quais aqui carregam as armas de Portugal antigo. Em 1678, o titular era Dom Miguel de Portugal.
O conde de Atalaia (1583) trazia as armas dos Manuéis, a
saber, "um escudo esquartelado: no primeiro
segundo, um leão de púrpura em campo de
prata; e no segundo primeiro, ũa mão
com ũa asa de anjo, que aperta a espada, em campo vermelho; e assi aos
contrários". A inversão dos quartéis está em Albergaria, mas ele se
corrige, tachando e emendando o texto. Em 1678, o titular era Dom Luís Manuel
de Távora.
O conde da Ilha do Príncipe (1640) trazia as armas dos Carneiros, a saber, "em campo vermelho ũa banda azul, acoticada de ouro, com três flores de lis do mesmo, entre dois carneiros de prata passantes, armados do mesmo". Em 1678, o titular era Francisco Carneiro de Sousa.
O conde da Ponte (1661) trazia um escudo partido e nele as armas dos Torres e dos Melos. Em 1678, o titular era Garcia de Melo e Torres.
O conde de Pontével (1662) trazia as armas dos Cunhas com uma bordadura de prata, carregada de cinco escudetes das quinas. Em 1678, o titular era Nuno da Cunha de Ataíde.
O conde de Sabugal (1582) e meirinho-mor trazia um escudo partido e nele as armas dos Castelo-Brancos e dos Mascarenhas. Segundo Albergaria, "usan estos señores de las mismas armas que el conde de Vila Nova, por ser de una misma casa y apellido", que Coelho traduz assim: "Suas armas são as mesmas que do conde de Vila Nova e dos Castel-Brancos". Em 1678, a titular era Dona Beatriz Mascarenhas Castelo Branco da Costa.
O conde de Avintes (1664) trazia as armas dos Almeidas. Em 1678, o titular era Dom Antônio de Almeida.
O conde de Vila Flor (1659) trazia as armas dos Manuéis. Em 1678, o titular era Dom Cristóvão Manuel de Vilhena.
O conde de São Vicente (1666) trazia as armas dos Cunhas com uma bordadura de prata, carregada de cinco escudetes das quinas. Em 1678, a titular era Maria Caetana da Cunha.
O conde de Soure (1652) trazia as armas dos Costas. Em 1678, o titular era Dom Gil Eanes da Costa.
O conde de Figueiró (1632) trazia um escudo partido e nele as armas dos Lancastres e dos Vasconcelos. Em 1678, o titular era Dom José Luís de Lancastre.
O conde da Feira (1481) trazia as armas dos Pereiras, a saber, "em campo vermelho ũa cruz de prata, aberta, florida". Em 1678, o titular era Dom Fernando Forjaz Pereira Pimentel de Meneses e Silva.
O conde de Atouguia (1452) trazia as armas dos Ataídes, a saber, "em campo azul quatro bandas atravessadas de prata". Em 1678, o titular era Dom Luís Peregrino de Ataíde.
O conde da Ericeira (1622) trazia "as mesmas armas do conde de Cantanhede". Em 1678, o titular era Dom Luís de Meneses.
O conde de Castelo Melhor (1611) trazia as armas dos Vasconcelos, a saber, "escudo negro, três faixas de veiros de prata e vermelho, veiradas e contraveiradas". Em 1678, o titular era Luís de Vasconcelos e Sousa.
O conde de Santa Cruz (1593) trazia as armas dos Mascarenhas, a saber, "em campo vermelho três faixas de ouro". Em 1678, o titular era Dom João de Mascarenhas.
O conde de Unhão (1630) trazia por armas "em escudo esquartelado as dos Silvas em primeiro lugar, no segundo as do Meneses e assi aos contrários". Em 1678, o titular era Fernão Teles de Meneses e Castro.
O conde de Vale de Reis (1628) trazia as armas dos Mendozas de Castela. Em 1678, o titular era Nuno Manuel de Mendoça.
O conde de Óbidos (1636) trazia as armas dos Mascarenhas. Em 1678, o titular era Dom Fernando Martins de Mascarenhas.
O conde de Vilar Maior (1652) trazia um escudo partido e nele as armas dos Silvas e dos Meneses. Em 1678, o titular era Fernão Teles da Silva.
O conde de Sarzedas (1630) trazia as armas dos Silveiras. Em 1678, o titular era Dom Rodrigo da Silveira.
O conde de São Miguel (1633) trazia as armas dos Botelhos. Em 1678, o titular era Tomás José Botelho de Távora.
O conde de São Lourenço (1640) trazia um escudo partido e nele as armas dos Silvas e dos Melos. Em 1678, o titular era Luís de Melo da Silva.
O conde de Castanheira (1532) usava "das mesmas armas que o conde de Atouguia, como ramo daquele tronco, que se vem em seu título". Em 1678, a titular era Dona Ana de Lima e Ataíde.
O conde de Vila Verde (1654) trazia as armas dos Noronhas. Em 1678, o titular era Dom Pedro Antônio de Noronha.
O conde de Coculim (1676) trazia as armas dos Mascarenhas. Em 1678, o titular era Dom Francisco de Mascarenhas.
O conde de Pombeiro (1662) trazia as armas dos Castelo-Brancos. Em 1678, o titular era Dom Antônio de Castelo Branco e Cunha.
O conde da Vidigueira (1519) era o herdeiro do marquês de Nisa. Em 1678, o titular era Dom Vasco José Luís da Gama, filho de Dom Francisco Luís da Gama.
O visconde de Vila Nova de Cerveira (1476) trazia um "escudo partido em três palas: à primeira as de Aragão; a segunda e terceira esquartelada: a primeira dos Silvas, em campo de prata um leão de púrpura rompente, armado de vermelho; a segunda dos Soutomaiores, em campo de prata três faixas xaqueladas de ouro e vermelho de quatro peças em pala; e assi aos contrários. Assi as usou esta casa pela descendência que tem da real de Aragão e da dos Silvas e Soutomaiores, com quem despois teve lianças. Porém pela que hoje tem com as de Brito e Nogueiras, usa também das armas das famílias e casas pelos morgados que delas possui". Em 1678, o titular era Dom João Fernandes de Lima Vasconcelos de Brito e Nogueira. Coelho, como Albergaria, confunde as armas antigas dos Limas com as reais de Aragão.
O conde de Oriola (1653) e barão de Alvito (1475) trazia "em campo de prata cinco lobos negros em aspa, armados de vermelho, com ũa orla azul, cheia de aspas d'ouro. E este acrescentamento da orla das aspas foi feito ao barão por diferença e só a casa usa dela, e não os outros Lobos". Em 1678, a titular era Dona Bernarda Caetana Lobo.
O conde dos Arcos (1620) trazia as armas dos Noronhas. Em 1678, o titular era Dom Marcos de Noronha.
O conde da Ribeira Grande (1662) trazia as armas dos Câmaras. Em 1678, o titular era Dom José Rodrigo da Câmara.
O conde de Santiago de Beduído (1667) e aposentador-mor trazia um escudo partido e nele as armas dos Silvas e dos Sousas Chichorros. Em 1678, o titular era Aleixo de Sousa da Silva e Meneses.
O conde de São Vicente (1672) trazia as armas dos Távoras. Em 1678, a titular era Maria Caetana da Cunha, casada com Miguel Carlos de Távora.
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