31/08/21

O TIMBRE

O timbre é uma figura que se põe acima do escudo.

O elmo: convenções da armaria portuguesa. Monarca; nobre de linhagem há quatro gerações ou mais; nobilitado ou nobre de linhagem há três gerações ou menos; bastardo.
O elmo: convenções da armaria portuguesa.

A coroa e o coronel: convenções das armarias ibéricas. Rei; príncipe; infante; duque; marquês; conde; visconde; barão.
A coroa e o coronel: convenções das armarias ibéricas.

O galero: convenções da Igreja Católica. Cardeal; patriarca (rito latino); arcebispo; bispo ou abade nullius; arquiabade; abade mitrado; abade premonstratense; protonotário apostólico; prelado de honra de Sua Santidade; capelão de Sua Santidade; vigário-geral ou superior maior; cônego; deão, vigário forâneo ou superior menor; capelão militar; presbítero.
O galero: convenções da Igreja Católica.

A coroa mural: convenções da legislação portuguesa. Cidade de Lisboa; cidade; vila; povoação simples.
A coroa mural: convenções da legislação portuguesa.

Em francês, o timbre difere do cimier; em português, embora tenhamos a palavra cimeira, não costumamos usá-la. O timbre propriamente dito marca a dignidade do armígero. Como o escudo reflete alegoricamente o corpo do cavaleiro, esse timbre consiste habitualmente em algo que cobre a cabeça. Assim, o elmo distingue a nobreza e a realeza; o coronel, os títulos; a coroa, o monarca e sua casa; o galero, o clero; a coroa mural, as povoações; etc. Cada um apresenta uma série de minúcias que não cabe nesta síntese.

O timbre: exemplo das armas de Duarte Coelho segundo a carta de brasão de 1545.
O timbre: exemplo das armas de Duarte Coelho segundo a carta de brasão de 1545.

Como cimeira, o timbre é um emblema adicional, geralmente uma figura tirada das próprias armas, mas não necessariamente. Na heráldica gentilícia portuguesa e brasileira, ambos os tipos de timbre tornaram-se muito regulares. O arranjo clássico dita que primeiro se põe o elmo, do qual pende o paquife, um pano esvoaçante que, por ser retalhado, acabou tomando a feição de folhagens e é iluminado do metal e da cor que predominam nas armas. Se o brasão pertence ao monarca ou a um membro de sua família, o paquife é afixado pela coroa correspondente, que cinge o elmo; se a um nobre titulado, pelo coronel correspondente; se a um fidalgo, pelo virol, que é outro pano, este enroscado como uma rodilha, do mesmo metal e da mesma cor que o paquife. Da coroa, coronel ou virol sai ou aí se assenta o timbre ('cimeira').

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