O suporte é uma figura que se põe ao lado do escudo ou sob ele.
Em contraposição ao timbre, na armaria portuguesa o suporte é raro, mas se tornou habitual na heráldica estatal brasileira. Eventualmente, pode consistir numa única figura, neste caso geralmente sob o escudo, como uma âncora. Também sob o escudo podem figurar dois suportes, como as chaves petrinas. De fato, comumente aparecem em par, mas ladeando o escudo. Podem ser quaisquer figuras, as mais frequentes as mesmas que constituem as armas, porém a estética impõe que sejam figuras alongadas, daí que das plantas se prefiram os ramos e os animais costumem figurar na posição rampante. À figura do ser humano ou antropomórfico dá-se o nome de tenente, o que, francamente, não passa de preciosismo.
(1) Todos esses exemplos são históricos: a cruz da Ordem de Avis aparece na escultura que orna o gablete do pórtico lateral do Mosteiro da Batalha; a cruz da Ordem de Cristo, acima do pórtico da Igreja da Misericórdia, em Angra do Heroísmo; a esfera armilar (não confundir com as armas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves), no anverso da macuta, moeda de cobre que circulou na África portuguesa; os anjos foram habituais desde o fim do século XV até o começo do XVIII; as serpes são mais uma atribuição de autores estrangeiros do que um uso nacional, mas foram pintadas na Carruagem da Coroa; os ramos de louro e carvalho, às vezes combinados com palmas, foram habituais durante a monarquia constitucional.
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