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16/06/24

TESOURO DE NOBREZA (XXIV)

Armas das famílias (VIII).

Do Tesouro de nobreza (1675):

Confira-se a postagem introdutória no que diz respeito às descrições e aos critérios de edição.

Fólio 47 – 1. Frades; 2. Frielas e Fialho; 3. Gamboas e Caiados; 4. Gaviões; 5. Imperial; 6. Leites; 7. Porras; 8. Pantoja; 9. Pugas; 10. Perdigões; 11. Sepúlvedas; 12. Pegas.
Fólio 47 – 1. Frades; 2. Frielas e Fialho; 3. Gamboas e Caiados; 4. Gaviões; 5. Imperial; 6. Leites; 7. Porras; 8. Pantoja; 9. Pugas; 10. Perdigões; 11. Sepúlvedas; 12. Pegas.

1. Os Frades trazem "escudo partido com ũa cruz chã vermelha, firmada nele, sobre ondas de azul e prata, e o primeiro e último de azul com um besante de prata e o segundo e terceiro de prata com ũa estrela de púrpura de seis oito pontas; timbre: ũa aspa vermelha com ũa estrela de prata no meio". Estas armas foram concedidas por Dom Afonso V a Álvaro Afonso Frade em 1471. Na carta de brasão, descrevem-se assim: "o escudo em quarteirões, do qual o campo do primeiro quartel é de celestre ou de çafira a ũu pesante branco ou d'arjante, e do segundo quartel o campo é do pesante em celestre e nele ũa estrela de púrpura ou amatista; sobre tudo, ũa cruz de golas ou de robi sobre ũa ponta ondada do primeiro quartel".

2. Os Frielas e Fialhos trazem "em campo azul três mundos de ouro em roquete e em cada um ũa cruz pátea do mesmo; timbre: um dos mundos das armas". Coelho converge.

3. Os Gamboas e Caiados trazem "em campo vermelho um elmo de prata, guarnecido d'ouro, entre um lobo de sua cor, armado do mesmo, e lebréu de prata com ũa coleira azul, guarnecida d'ouro, e sobre todo em chefe de ouro três panelas ou folhas de golfão azuis, gotadas de vermelho; timbre: o mesmo lebréu passante". Estas armas foram certificadas pelo rei de armas Portugal a Nuno Caiado em 1506. Na carta de certidão, descrevem-se assim: "um escudo vermelho e, no meio, um elmo de prata, guarnecido de ouro, e da parte direita um lobo da sua cor com sua língua e dentes e macho e da outra parte um lebrel branco com língua e dentes e macho e no chefe três folhas de golfão azuis em campo verde e o lebrel com seu arganel, colar de ouro" (transcrição do visconde de Sanches de Baena no Arquivo heráldico-genealógico, 1872). Portanto, Coelho corrige o esmalte do chefe.

4. Os Gaviões trazem "cinco gaviões de sua cor em campo azul, armados de ouro; timbre: um dos gaviões".

5. Os Imperiais trazem "em campo de prata ũa pala d'ouro com perfis negros e nela ũa águia imperial com coroa negra e língua vermelha; timbre: um anjo vestido de branco azul, escurecido asas de vermelho, com um lírio verde na mão esquerda, florido de prata, e a mão direita levantada, demonstrante". Coelho é que diverge.

6. Os Leites trazem "três flores de lis de ouro em campo verde, às quais acrescentaram seus descendentes, por se aparentarem com os Pereiras, ũa cruz de prata vazia pulmelea em campo vermelho, formando o escudo em quartéis; timbre: ũa das cruzes das armas entre dois lírios verdes".

7. Os Porras trazem "em campo de ouro cinco maças de armas azuis em aspa, com os cabos verdes e ũa orla vermelha, semeada de flores de lis de prata; timbre: duas das porras ou maças, atadas com um torçal de ouro em aspa".

8. Os Pantojas trazem em campo de ouro cinco flores de lis azuis, postas em cruz, e uma campanha negra, carregada de três faixas de ouro; timbre: uma flor de lis de ouro entre dois penachos azuis, picados de ouro. Albergaria dá as armas dos Pantojas de Castela: "Quince jaqueles de plata y rojo, a las cuales acrecentaron los Pantojas en medio del escudo azul la cruz roja de Calatrava con perfiles de oro, sirviendo los jaqueles de orla". Coelho tradu-lo fielmente: "Treze jaqueles de prata e vermelho, às quais acrescentaram os Pantojas em meio do escudo azul a cruz vermelha de Calatrava com perfis de ouro, servindo os escaques de orla".

9. Os Pugas trazem "em campo vermelho duas esporas de ouro de gineta no primeiro e último quartel e em os outros duas caldeiras de prata; timbre: um braço vestido de vermelho armado com ũa das caldeiras na mão". Coelho inverte os quartéis e diverge no timbre.

10. Os Perdigões trazem "em campo de ouro cinco perdigões de sua cor; timbre: um dos perdigões das armas".

11. Os Sepúlvedas trazem "em campo vermelho ũa oliveira verde com raízes de prata e frutos de ouro antre dois leões de ouro trepantes e no alto duas estrelas de prata de oito sete pontas; timbre: meio leão de ouro rompente".

12. Os Pegas trazem "em campo de prata ũa cabeça de lobo esfolhada, gotada de sangue, entre três pegas de sua cor em roquete; timbre: ũa das pegas das armas voando". Coelho converge.

Fólio 48 – 1. Alpoém; 2. Bacelar; 3. Novais; 4. Maciel; 5. Netos; 6. Mouzinhos; 7. Pessoas; 8. Madeiras e Medeiros; 9. Ortiz; 10. Magalhães; 11. Paim e Unhas; 12. Cantos.
Fólio 48 – 1. Alpoém; 2. Bacelar; 3. Novais; 4. Maciel; 5. Netos; 6. Mouzinhos; 7. Pessoas; 8. Madeiras e Medeiros; 9. Ortiz; 10. Magalhães; 11. Paim e Unhas; 12. Cantos.

1. Os Alpoins trazem "em campo de prata um crescente de lua de púrpura prata com as pontas para baixo e ũa bordadura vermelha com seis crescentes de prata com as pontas para baixo; timbre: ũa adem de sua cor, com os pés vermelhos e bico d'ouro". Albergaria corrige-se, tachando e emendando o texto, mas Coelho segue essa correção apenas no metal do crescente. No mais, ele é que diverge.

2. Os Bacelares trazem "em campo de ouro um bacelo em um terrado de dois ramos de vides, postos em pala, retorcidos com quatro cachos de uvas de púrpura; timbre: meio leão salpicado de ouro com ũa folha de parra na testa". Coelho converge.

3. Os Novais trazem "cinco novelos de prata em campo azul em aspa; timbre: ũa aspa azul com dois novelos nas pontas altas".

4. Os Maciéis trazem um "escudo partido em pala: o primeiro de prata com duas flores de lis azuis em pala; o segundo de negro com meia águia vermelha estendida, armada d'ouro; timbre: um dos lírios entre dois ramos de macieira verdes, fruito de prata".

5. Os Netos trazem um "escudo partido em pala de vermelho e azul e sobre todo um leão de ouro rompente, armado de negro; orla de ouro com quatro flores de lis azuis entre quatro folhas de figueira verdes; timbre: o leão das armas com ũa folha na testa".

6. Os Mouzinhos trazem "em campo azul ũa banda de prata com três rosas ou moletas vermelhas entre seis estrelas d'ouro em roquete; timbre: ũa aspa vermelha de prata com ũa das moletas no meio". Coelho converge.

7. Os Pessoas trazem "em campo azul seis luas de ouro em duas palas; orla negra, cercada de filetes de ouro, com oito estrelas de prata de cinco oito pontas cada ũa; timbre: um cometa de prata com cinco raios e um maior que todos". Coelho é que diverge.

8. Os Madeiras e Medeiros trazem "em campo vermelho cinco cabeças de águia d'ouro em aspa; timbre: meia águia vermelha, armada d'ouro".

9. Os Ortizes trazem "em campo azul um leão sol de ouro com duas orlas: a primeira de prata, cheia de rosas vermelhas verdes; a segunda composta de escaques de prata e vermelho; timbre: meio usso azul, armado de prata vermelho, com ũa rosa de ouro verde na espádua". Coelho diverge.

10. Os Magalhães trazem "em campo de prata três faixas xaqueladas do mesmo e vermelho; timbre: um abutre pardo e branco, armado de ouro".

11. Os Pains e Unhas trazem um "escudo franchado de prata e negro e em cima de todo um leão rompente entrecambado do mesmo e armado de prata e vermelho com semelhante variedade; timbre: o mesmo leão". Coelho converge.

12. Os Cantos trazem "em campo vermelho meio quadrado de prata em forma piramidal; timbre: o mesmo canto e em cima dele um pombo-torcaz, que está vigiando, com o bico e pés negros".

Fólio 49 – 1. Montarróis; 2. Zuzartes; 3. Zagalos; 4. Quadros; 5. Riba-Frias; 6. Pavias; 7. Raposos; 8. Simões; 9. Franças; 10. Sandes; 11. Azeredos; 12. Toscano.
Fólio 49 – 1. Montarróis; 2. Zuzartes; 3. Zagalos; 4. Quadros; 5. Riba-Frias; 6. Pavias; 7. Raposos; 8. Simões; 9. Franças; 10. Sandes; 11. Azeredos; 12. Toscano.

1. Os Montarroios trazem "em campo d'ouro ũa águia vermelha de duas cabeças, armada de prata, sobre um crescente verde e coroadas de hera com os troços de prata; timbre: duas cabeças de águia com ũa garganta vermelha, armadas d'ouro a águia". Estas armas foram concedidas por Dom Afonso V a Fernão Gil de Montarroio em 1450. Na carta de brasão, descrevem-se assim: "ũu escudo d'ouro com ũu crecente branco e, sobre as pontas dele, ũa águia vermelha, de cabeça partida e de bicos e pees brancos, com senhas chapeletas d'hera nas cabeças". Portanto, Coelho diverge nas armas e no timbre ordenado pelo Livro da nobreza e perfeição das armas.

2. Os Zuzartes trazem um "escudo partido em pala: o primeiro de azul com quatro fivelas de ouro em duas palas; o segundo de verde com sete espadas de prata, gotadas de sangue, guarnecidas d'ouro; orla vermelha com seis castelos de ouro em a primeira e em a segunda seis molhos de troços de sete lanças do mesmo, atadas cada molho com ũa corda d'ouro; timbre: duas espadas de prata em aspa com as pontas para baixo, com as guarnições vermelhas e os punhos de ouro, atadas com um torçal verde e na ponta do torçal de ũa parte pendurada ũa das fivelas das armas". Coelho converge.

3. Os Zagalos trazem "em campo de ouro dois crescentes de lua e duas estrelas e dois torteaus vermelhos em duas palas desencontrados; timbre: um leão-pardo d'ouro, armado de vermelho com ũa das estrelas um dos torteaus das armas na testa espádua". Coelho é que diverge.

4. Os Quadros trazem um "escudo xaquelado de prata e azul de quatro três peças em faixa; timbre: meio leão-pardo azul, armado de prata, com um tabuleiro de xadrez xaquelado de azul e prata em as mãos".

5. Os Riba-Frias trazem "em campo verde ũa torre de prata, afirmada sobre ondas de água, lavrada de negro, coberta de azulejos de azul e ouro oitavados, antre duas estrelas d'ouro em o alto; timbre: um leopardo azul com ũa das estrelas na espádua". Estas armas foram concedidas por Dom João III a Gaspar Gonçalves de Riba Fria em 1541. Na carta de brasão, descrevem-se assim: "ũu escudo de verde com o pee d'água e nele ũa torre de prata, lavrada de preto e o cuberto exaquetado d'ouro e d'azul, entre duas estrelas d'ouro; elmo de prata aberto, guarnido d'ouro; paquife de prata e verde; e por timbre ũu lião-pardo d'azul com ũa das estrelas na espádoa".

6. Os Pavias trazem um "escudo xaquetado de prata e negro de três peças em faixa e cinco em pala; timbre: meio leão de prata com escaques de negro".

7. Os Raposos trazem um "escudo em frange: o primeiro xaquelado de prata e azul de miúdas peças; o segundo de prata, um crescente de vermelho; e desta sorte os contrários; timbre: um raposo passante de ouro".

8. Os Simões trazem um "escudo branco com ũa ponta verde e nele um leão negro rompente, gotado de ouro com unhas e língua vermelha"; timbre: o leão nascente. Albergaria traduz para o espanhol o brasonamento original: "un escudo blanco con una pinta verde y en él un león negro rompiente, goteado de oro, con uñas y lengua roja". Estas armas foram concedidas por Dom Duarte a Gil e Vicente Simões em 1438. Na carta de brasão, descrevem-se assim: "ũu escudo branco com ũa pinta verde e, em ele, ũu lião negro rompente, gretado d'ouro, com unhas e língua vermelha". Portanto, Coelho acerta ao corrigir ponta por pinta, mas aqui erra ao omiti-la.

9. Os Francas/Franças trazem "em campo de prata quatro palas verdes e sobre todo ũa banda verde com quatro cinco lisonjas de prata da distância das palas; timbre: duas alabardas em aspa, os ferros de sua cor e os cabos verdes, atadas com ũa cinta vermelha do mesmo e ũa estrela de prata no alto". Albergaria não compreende que a banda está entrecambada: "en campo de plata cuatro palas verdes y sobre todo una banda verde con cuatro lisonjas de plata de la distancia de las palas; y por timbre dos alabardas en aspa, los hierros de su color, atados con una cinta roja y una estrella de plata en lo alto". Coelho diverge ainda mais aqui, mas converge no timbre.

10. Os Sandes trazem "em campo vermelho um leão de ouro, armado de prata, entre quatro flores de lis do mesmo, postas em cruz nos cantões; timbre: meio leão vermelho, armado de prata, com um dos lírios na cabeça". Coelho é que diverge.

11. Os Azeredos trazem "em campo azul oito coticas de ouro em contrabanda; timbre: meio leão azul, contrabandado de ouro".

12. Os Toscanos trazem "um leão de prata rompente, armado de azul, em campo vermelho; timbre: o mesmo leão das armas nascente". Coelho é que diverge.

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